A Cabana emociona, mas também decepciona
A adaptação de A
Cabana (The Shack) para as
telonas pecou. Acredito que demorou muito para o filme ficar pronto, afinal foram
quase dez anos desde que os direitos autorais foram adquiridos pelo estúdio até
o lançamento do resultado final.
O filme conta a trajetória de Mackenzie Philips, que após
perder sua filha mais nova, encontra-se em um estado de profunda depressão. Sem
razões para continuar, ele acaba recebendo um bilhete misterioso que o convida a
visitar a mesma cabana na qual descobriram o cruel destino da criança.
É nessa visita que acontece o encontro de Mackenzie e Deus,
fazendo com que Mack seja surpreendido por grandes ensinamentos e revelações. Tudo
isso o ajudará a superar esse trauma.
As cenas são muito fracas se comparadas às páginas da obra
do escritor canadense William P. Young. Um exemplo é o momento no qual Mack
perdoa o assassino de sua filha. No livro é um dos momentos mais brilhantes. Já
no filme, foi rápido e sem emoção.
Sam Worhtington no
papel de Mackenzie deixa um pouco a desejar. Apesar de sua interpretação não
ter sido desastrosa, ele precisa se esforçar muito para entregar emoção ao
público.
Uma das salvações do longa foi Octavia Spencer no papel de Deus. Para mim, foi um dos pontos que
fazem valer à pena o valor do ingresso.
A brasileira Alice Braga também faz parte do elenco e interpreta
a Sabedoria. Sua atuação superou minhas expectativas.
De modo geral, mesmo entre altos e baixos, o filme consegue
emocionar o público, pois apesar da pobre adaptação para o cinema, o texto de
Young é muito bom e a mensagem religiosa é tocante.
Nossa nota: C+
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